Quando tanto se bate para alcançar o poder de Estado, socorrendo- se de meios ilícitos, tais como violência policial para capturar urnas, espancar em membros e simpatizantes da oposição, falsificação de resultados eleitorais, alterando a vontade popular, introdução de votos falsos nas urnas e/ou instruir os presidentes de mesa a fi m de distribuírem dois, três, cinco ou mais boletins de votos por membros do partido governamental, previamente, já identifi cados.
Nada aconteceu aos indivíduos que fizeram isso, voltaram ao trabalho. A esses truques têm o nome de andar atrás do poder pelo poder, para servir interesses de um grupo restrito, neste caso, os dirigentes do partido Frelimo. Nesta jogada, também, entram membros do STAE – Secretariado Técnico de Administração Eleitoral. Alguns deles foram, nestas eleições autárquicas de 10 de Outubro, flagrados transportando, em suas viaturas, boletins de voto já assinalados para Frelimo, a fim de os distribuir pelas assembleias de voto, tornando, assim, eleições um acto sem importância para as comunidades. As eleições, no nosso país, desmobilizam por serem falsas.
O slogan do STAE que diz “o teu voto conta” é uma mentira porque o que decide, muitas vezes, o vencedor de uma eleição é o voto falso. O partido Frelimo faz retroceder a democracia. Vencem a fraude, os bandidos, espertos e corruptos que corruptos que provocam confl itos, guerras para continuarem no poder e, assim, serem vistos, pelo povo que desconhece as suas intenções, como salvadores da pátria. Vencem aqueles que enchem os seus bolsos de dinheiro roubado. A falsa vitória que obtêm através de fraudes é uma bomba-relógio.
Os órgãos eleitorais – STAE, CNE (Comissão Nacional de Eleições) e o Conselho Constitucional, incluindo a PRM (Polícia da República de Moçambique, com todas as características de uma autêntica milícia da Frelimo) – têm estado a empurrar o país para o ciclo de violência, por recusarem a justiça eleitoral.
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