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BERNARDO AMORIM: PRECISAMOS DE UNIDADE QUE SALVEM VIDAS. NÃO NECESSARIAMENTE QUE VENHAM BUSCAR MORTOS.

Na noite de sábado, o jovem universitário de medicina, Rafael Diogo foi atropelado por um veículo modelo L200, no centro da cidade de Patu, no oeste potiguar.

O médico Bernardo Amorim, ao visitá-lo na UTI do hospital Tarcísio Maia. O rapaz continua lutando para sanar seu estado de saúde, que até ontem a noite inspirada muitos cuidados.

E, ao ver a imagem via whatsapp do jovem caído ao chão, o médico ventilou um áudio nas redes sociais, chamando a atenção de algo que em muito se faz necessário salientar e passou despercebido por alguns políticos que ocupam mandato de maior quilate, como deputados, sejam estaduais ou federais ou outros postos de maior envergadura.

Disse o médico Bernardo Amorim: "Nas reuniões que sempre participo. Seja de cunho político, medicina na SESAP (Secretaria de Saúde Pública) ou outras quaisquer, frisou constantemente a necessidade emergencial que nossa região tem, em que seja disponibilizado uma unidade do SAMU para atender aquela região, que abrangem várias cidades do Oeste potiguar. Falo, em especial, aquele setor oestano. Não temos um veículo com os recursos necessários instalados numa unidade móvel, que possibilite o transporte de um paciente, com a companhia e equipamentos cruciais para prosseguir com o socorro, seja em que caso for. Em inúmeros casos, o veículo ambulância somente atende no que diz respeito ao transporte em si. Falta aos colegas médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, as condições adequadas para o transporte ideal para os pacientes. Até por que, acrescentemos a isso, que durante o transporte, estes pacientes em muitos casos, pioram, exatamente por falta de melhores condições, de condições ideias que cada caso requer, quando necessita ir até, por exemplo, Mossoró.

O curioso nisso tudo, é que três cidades que não teriam maior necessidade que as nossas, localizadas na região de Patu e circunvizinhanças, dispõem do serviço do SAMU, e apresentam situações geográficas totalmente oposta a nossa. Senão vejamos:

Areia Branca, Baraúna e Macau.

Areia Branca e Macau, são na verdade, ilhas. Você só sai por onde entrou. Não há cidades vizinhas a estas. Somente por meio de balsas. E estas têm uma unidade do SAMU.

Já Baraúna, está distante de Mossoró, somente por 15 minutos. E lá também tem o SAMU. De um lado, está localizado o estado do Ceará. No outro, a cidade pólo de Mossoró.

Não quero aqui, pleitear, sob nenhuma hipótese, a retirada destas unidades. muito pelo contrário. O objetivo é mostrar a mal distribuição dessas unidades, em alguns casos. O que anseio, é defender a assistência do SAMU para localidades que não tenham e que mostram ampla, total e completa necessidade de serem atendidas por este socorro, que é de suma importância no tocante a salvar vidas. Ver a desassistência que muitos sofrem, é motivo dessa observação minha.

O governo do estado, ao invés de analisar melhor as reais necessidades de caso setor do Rio Grande do Norte, cria, instala órgãos que mesmo sendo necessários, são de menor importância que outros.

Agora mesmo, inaugura um ITEP em Pau dos Ferros. Ora, não seria muito mais útil veículos que salvam vidas, ao invés de veículos que levam mortos?

Isso sim é prioridade. Prioridade em salvar vidas. Ter qualidade e disponibilidade em dar nova oportunidade de vida aqueles que sofrerem acidentes ou outro problema de saúde que seja de necessário a intervenção destes profissionais.

Ressalto, que os prefeitos fazem o que podem. Têm ambulâncias, porém, sem o aparelhamento que se precisa para dar continuidade os procedimentos médicos que se precisa.

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